quinta-feira, 15 de março de 2018

A um ano, nós indígena da etnia Puri do Clã Xamixuna, ocupamos uma terra de quinze hectares no município de Barbacena MG, promessa da SDPAC na primeira conferência de povos tradicionais de Minas Gerais de devolver terras devolutas para estes povos.
Sendo assim entramos em uma terra então devoluta segundo Danilo SEDA hoje INCRA onde fomos retirados no mesmo dia da ocupação pela Dalva da mediação de conflitos, com a promessa de uma terra na fazenda Carboreto no Distrito de Cachoeira do Manteiga, município de Buritizeiro/MG.
Aceitamos de imediato para solucionar nossos problemas no quesito terra e viemos para o município de Buritizeiro apenas com o motorista da SDPAC que não tem experiência em mediação de conflitos. Chegando ao município nos foi negada a entrada nestas terras pela outra etnia que já a ocupava a um ano e meio. O motorista da SEDPAC nos deixou em uma pousada e na manhã seguinte nos havia abandonado em uma terra estranha sem dinheiro e sem comida somente com uma diária paga. Procurei a polícia para denunciar um crime de direitos humanos de uma Secretaria que tem como fim resguardar este direito.
A polícia fez contato com o Estado na pessoa do Sr. João Pio onde o mesmo queria nos encaminhar para um presídio. De imediato veio a recusa da nossa Liderança afinal é perigoso ficar no meio de encarcerados. Após a nossa negativa fomos para uma ONG chamada Graal onde ficamos mais de um mês abandonados até que o Prefeito local sensibilizado com a nossa causa nos encaminhou a uma fazenda abandonada da FUCAM Fundação Caio Martins.
Chegando lá achei mais de 200 quilos de alimentos doados pelo estado podres e jogados fora como posso provar por fotos e filmagens do abandono e do descaço com o dinheiro público.
 Minha voz não e escutada porque sou pequeno e estou lutando com gente grande, sofro difamação e tentam me desacreditar com outras lideranças indígenas e de estado.
No mais estamos abandonados em uma construção de uma antiga fábrica chamada Imbiruçu no Município de Buritizeiro a espera de que nosso direito violado seja retificado.

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ACAIACA ÍNDIOS PURI